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26-02-2004

Metade dos casos tem origem no homem


Infertilidade

Metade dos casos em que os casais não podem ter filhos tem origem no homem e a razão pode ser profissional, revelaram hoje dois investigadores durante um seminário na Universidade de Aveiro.
A constatação foi transmitida a alunos de biologia da Universidade de Aveiro (UA) por Maria de Lourdes Pereira, do Departamento de Biologia da UA, e Mário Sousa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, num seminário sobre infertilidade masculina.
Questionado sobre qual dos sexos mais contribui os casos de infertilidade, Mário Sousa disse que em metade das situações de casais que não podem ter filhos a causa está no homem.
Maria de Lourdes Pereira, por seu lado, apontou como factores de infertilidade a exposição de determinados profissionais a certo tipo de radiações, à presença de chumbo e de outros metais pesados.
Aquela investigadora, que tem utilizado ratos como cobaias para os seus ensaios, detectou alterações irreversíveis como a ausência de células germinativas por acção do chumbo, degenerescências como células gigantes multinucleares e desorganização dos microtubos que formam a cauda do espermatozóide, devido à toxidade de metais pesados.
Considera por isso que quem trabalha em sectores como o vidreiro, a indústria petroquímica, a extracção de minérios, rochas ornamentais e metalomecânica está mais exposto a causas de infertilidade.
Entre as múltiplas causas da infertilidade masculina estão também a absorção de fármacos, pesticidas, solventes, bebidas alcoólicas, narcóticos e tabaco, este último a representar uma "perda gravíssima" da mutilidade das células responsáveis pela reprodução.
Em muitos dos casos, como explicou Mário Sousa, não é nada que não tenha cura e a infertilidade masculina pode ser ultrapassada com uma micro-injecção, sendo aconselhável fazer um espermograma aos 18 anos.
De acordo com aquele conferencista, quando a infertilidade tem natureza obstrutiva pode ter causas genéticas, mas em Portugal é mais vulgar a razão estar em infecções genitais, provocada por escolhas pouco exigentes da parte do homem quanto à parceira ou múltiplas parceiras.
A infertilidade não é toda igual, segundo explicou, e o tratamento é possível nos casos de anejaculação, em que não há nem erecção, nem ejaculação, por motivos psicológicos, devido a fármacos, a diabetes, neoplasias ou no caso dos paraplégicos.
O mesmo acontece no caso de ejaculação retrógrada, em que os espermatozóides não chegam a sair para o exterior e há uma variedade de tecnologias para resolver cada situação.
Só depois de esgotadas essas tecnologias é que se recorre ao dador.
Mário Sousa salientou a necessidade de desfazer alguns mitos porque esta prática, sublinhou, não se trata de nenhum adultério.
"É preciso explicar que o que fazemos é um emparelhamento genético, em que seja 90 por cento igual ao do pai. A participação benévola do dador é reduzida a dez por cento. É mais diferente dos pais uma criança que receba um transplante da medula. O recurso ao dador deve ser visto como um transplante celular benévolo", defendeu.
Aquele investigador advogou a necessidade de um "apertado diagnóstico na retaguarda", sendo a demora média de um estudo desses de cerca de um mês.


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